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pense grande Pink

Tenho um problema … penso, penso, penso

“Se tenho um problema e não sei o que fazer, eu penso, penso, penso até eu resolver. Pense grande Pink!”

Fiquei pensando nesta fala de um desenho que passa na TV – “Pink Dink Doo”.

Sobre o quanto ela demonstra que nossa sociedade valoriza ou supervaloriza a função pensamento e subjulga e relega as demais funções.

Acredito que nem tudo na vida dá para se resolver apenas através do pensamento.

Existem muitas questões relativas à vida, ao ser humano e o estar em sociedade nas quais precisamos de outras funções, como por exemplo, a função sentimento.

Jung dizia que todo ser humano dispõe de quatro funções psíquicas básicas que de certa forma contribuem com a sua personalidade, modo de agir e entender o mundo.

Estas funções são: superior – é aquela que mais utilizamos; inferior – oposta à função superior, é aquela que menos utilizamos e que temos dificuldade de agregar, compreender e precisamos desenvolve-la.

As outras duas são as funções auxiliares e entre si também são opositoras.

Estas funções não são fixas, elas podem mudar ao longo da vida, considerando as vivências pelas quais a pessoa e até mesmo a sociedade passou.

Atualmente podemos considerar que o ocidente tem como principal função o pensamento.

Podemos observar isto em diversos contextos, tais como:

  • nos desenhos animados  e mangás, as pessoas têm cabeças grandes desproporcionais ao tamanho do corpo;
  • no desenho que citei, isso se torna mais evidente quando a musica é cantada, com o aumento gradativo da cabeça da Pink;
  • o antigo castigo das crianças foi supostamente substituído pelo “cantinho do pensar”;
  • a maioria das disciplinas escolares exige o pensamento, diminuindo cada vez mais o espaço para outras atividades que poderiam auxiliar no desenvolvimento de outras funções.

Simultaneamente, existe um movimento e autores se empenhando em escrever e resgatar a importância da inteligência emocional.

Há empresas que dão o mesmo ou até mais valor para pessoas que conseguem ter bom relacionamento e lidar com conflitos, acreditando que a parte técnica pode ser desenvolvida mais facilmente.

Contudo, quando as funções não interagem entre si, podem ocorrer conflitos internos e adoecimentos de origem emocional.

Nossa psique emite sinais através de sonhos, intuições, insights, situações repetitivas, apontando para aquilo que precisamos modificar.

Indicando que a forma como estamos agindo por diversos motivos, não estão funcionando, mas na maioria das vezes continuamos seguindo pelo mesmo caminho.

Quando estes sinais sutis são ignorados, se manifestam no corpo através das mais variadas doenças.

Uma das formas de reconhecer que os sintomas tem fundo emocional é:

  • observar a repetição;
  • a frequência com que este fenômeno ocorre;
  • e, se o tratamento com uso de medicamentos não está proporcionando os resultados esperados.

Para alguns isto pode soar como negativo, mas de acordo com Jung – nada é por acaso, mas existe uma sincronicidade.

Acredito que tais fatos vêm em socorro da pessoa para auxilia-la no processo de mudança e amadurecimento, ou junguianamente falando, no processo de individuação.

Porém, a forma como a pessoa escolherá reagir a isto é que fará a diferença em sua vida.

Aceitar que precisa da mudança para não sucumbir à doença, exige coragem e determinação.

E, mesmo assim na maioria das vezes é impossível enfrentar este processo sozinho.

Por isto, contar com o auxilio de um psicólogo que é o profissional capacitado para lidar com tais fatos, tornará tal fase menos sofrida, transformando o sofrimento em autoconhecimento e aprendizado a caminho da individuação.

Se você de alguma forma se identificou com o que acabou de ler, entre em contato comigo para agendarmos um horário e juntos poderemos construir um novo caminho para viver bem!

Por Marcela de  Freitas Merli

marcela@psicosomar.com.br

10 thoughts to “Tenho um problema … penso, penso, penso”

  1. Gostei muito do seu texto. Poucas, sábias e profundas palavras. Como psicóloga me senti confiante no comprometimento e seriedade do seu trabalho.Você é a profissional do amanhã, afinada com os novos tempos e com o que é essencial para bem viver.
    Parabéns! Com minha admiração e respeito. Forte e fraterno abraço.

  2. Muito bom, Marcela!
    Verdade! Bom tem uma psicóloga como vc!
    E o que dizer da função sensação (que é a mais desconsiderada e a que mais nos ajuda na tal da presença), e na função intuição, que apesar de não ter caído totalmente na desvalorização, foi patologizada como “mundo da lua” ou algum transtorno mais “cabeludo”. Beijos!

    1. Grata Manika!
      Pois é … mas há quem acredite e trabalhe para valorizar e trazer para a ação as outras funções … nós enquanto profissionais conscientes desta questão podemos e acredito que devemos trazer esta temática à tona e de uma forma clara e simples para desmistificá-la. Aquilo que desconhecemos, geralmente nos assusta, então que o conhecimento seja propagado!
      Grande abraço,
      Marcela

  3. Olá querida somente uma pessoa maravilhosa como você !
    É capaz de sensibilizar as pessoas e apoiá-las quando precisa.
    Eu tive este apoio, mas principalmente o seu carinho bjos

  4. Bom dia Sandra!
    Fico feliz em receber seu comentário! São estes retornos que me dão ânimo para continuar escrevendo e poder ajudar as pessoas para despertarem para o que elas tem de melhor e as vezes nem o sabem!
    beijos,

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