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O Desenvolvimento Emocional do Adolescente

A adolescência é uma intervenção cultural, referente a uma determinada fase da vida do ser humano.

Indica que este ser está em transição, ou seja, não é mais criança, mas ainda não se tornou adulto.

Pode-se dizer que esta invenção tem o intuito de amenizar certas responsabilidades e de alguma forma preparar o jovem para a vida adulta.

Adolescência: Período de Transição

Sendo a adolescência um período de transição:

  • marcado por confusões emocionais;
  • conflitos e crises que podem variar de intensidade e de adolescente para adolescente;
  • os pais e a sociedade demonstram incertezas e sentimentos de ambiguidade relacionado com o que cobrar, como e quando.

Diante desta situação que se impõe naturalmente, em geral ocorrem conflitos que se fazem necessários para que o jovem tenha a possibilidade de desenvolver-se e conseqüentemente amadurecer.

A mudança “quase” brusca, que se dá na adolescência, não permite uma adaptação harmônica dos processos biopsicossociais; estes podem ser um dos fatores geradores de algumas crises.

Os “Achismos” do Que É Ser Adolescente:

É importante ressaltar que por não saber o que estas mudanças acarretam e por má informação, a maioria dos adolescentes e familiares possuem como informação os “achismos” provenientes do senso comum e daquilo que ouviram como comentários e obtiveram suas próprias conclusões.

Neste cenário, os adolescentes se enveredam por caminhos precoces,  tais como:

  • relações sexuais;
  • gravidez;
  • uso de cigarro e vícios em geral;
  • evasão do recinto escolar e familiar.

Uma observação a ser considerada é:

De que estas situações citadas acima podem ocorrer também devido aos tipos de relações familiares estabelecidas.

O que pode desestruturar o adolescente, que neste momento necessita de apoio, orientação e principalmente carinho para adaptarem-se as mudanças.

Crises de Identidade:

Neste mesmo período ocorrem crises de identidade, pois o adolescente não tem certeza de quem ele realmente é, quais são seus papéis, se é que para eles, em seu imaginário, existem papéis os quais devem ou querem “representar”.

Todas essas crises pelas quais o adolescente passará, inevitavelmente, provocarão uma ressonância e uma atualização das mesmas crises nos pais.

Contudo, os pais podem desaperceber ou não admitir tais ocorrências.

Exemplos clássicos utilizado pelos pais:

  • “na minha época era diferente”;
  • “não me venha com comparações tolas e sem nexo” … entre outras.

Porém, este tipo de atitude pode dificultar o relacionamento entre pais e filhos, ocasionando desavenças.

Estas crises de identidade também implicam em trazer à tona prós e contras que caracterizam qualquer opção e decisão.

Optar e decidir, no caso do adolescente, mais especificamente, implica demonstrar seu ponto de vista, assumir determinado papel e identificar-se com algo ou alguém.

Entretanto, este processo de identificar-se é mutável, pois o adolescente escolhe os modelos que deseja ter, por afinidade e, conforme experimenta, vivencia, adquire sua própria identidade.

Mas estas aquisições, para a formação da identidade, só se constroem se houver a superação dos modelos e dar o seu toque pessoal.

Porém, tal fato pode ser gerador de angústia por não estar num lugar pré-determinado, fixo, seguro, isto é, não possui um lugar no mundo que lhe pareça apropriado, ou melhor, dizendo, não há um encaixe perfeito.

O modelo é idealizado, mas dificilmente perfeito, pois a idealização se dá no imaginário e neste todo tipo de fantasia é permitido, bem como, sempre haverá um ajuste entre o que se imagina e o que de fato se realiza.

O impulso original do filhote é seguir qualquer objeto que se desloque à sua frente.

Inicialmente, este objeto é a mãe.

Com o passar do tempo este filhote tende a seguir o grupo para ser aceito por ele.

E, também, por se sentir inseguro quanto a quem é, o grupo serve como processo defensivo que ajuda o adolescente a configurar-se.

A uniformidade que o grupo oferece atualiza a segurança de saber quem ele é.

Isto é, a identificação se dá através das semelhantes e o que é diferente é excluído, assim como podemos observar na história do Patinho Feio de Hans Christian Andersen.

Perante este fato, os adolescentes apresentam o comportamento vulgarmente denominado de “Maria vai com as outras”, até sentirem-se suficientemente autônomos e confiantes em si para exporem suas próprias opiniões e sensações diante dos grupos os quais se encontram inseridos.

Bibliografia:

Davis, c. Fiori, w. R. Rappaport, C. R. A Idade Escolar e a Adolescência, São Paulo, EPU volume 4, 1982.

5 thoughts to “O Desenvolvimento Emocional do Adolescente”

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