Quando você acredita que sabe todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas
Para alguns apenas uma frase, talvez bonita, para outros uma reflexão.
Contudo, a profundidade da mesma só pode ser sentida quando passamos por algumas situações que nos fazem questionar a nossa existência, escolhas e formas como lidamos com a vida de modo geral.
Com a rotina atual, de muitos afazeres, é comum que nos habituemos a agir sem pensar muito, vamos fazendo tudo o que é preciso.
E, por vezes, sem perceber deixamos para segundo plano o que realmente é importante.
Somente quando algo sai do lugar, sai de um jeito inesperado e talvez jamais imaginado, é como se levássemos um chacoalham, uma sacudida que tira tudo do eixo, desequilibrando todo nosso ser – somos arremessados para fora da estrada.
Não necessariamente, precisa ser um evento traumático, pode ser uma situação boa, mas que nos pega de surpresa.
Como por exemplo, no filme Comer, Rezar e Amar, quando a Liz – personagem principal – se apaixona e teme perder o equilíbrio que tanto demorou em conquistar.
Mas numa situação traumática, como um assalto, podemos questionar o valor da própria vida versus o valor excessivo ou não que damos para bens materiais.
Também podemos perceber a importância dos familiares e amigos que se solidarizam.
Diferentes Olhares para a Vida
São estas situações que ampliam nossa percepção, proporcionando novos e diferentes olhares pra vida e principalmente em relação a nós mesmos.
Porém, isto depende de como cada um decide viver suas experiências.
Quanto menos a qualificamos como boas ou ruins, certas ou erradas, evitando os julgamentos e culpa, abrimos espaço para que a mudança aconteça.
Para alguns, propiciará autoconhecimento, para outros pode ser motivo de sofrimento.
Como cada um é afetado está diretamente relacionado com a sua história de vida.
Se é bom ou mau? Acredito que são os recursos que cada um dispõe no momento para enfrentar a situação.
Nada é Definitivo
Para que haja mudança é preciso mexer, bagunçar a fim de evoluir e restaurar a homeostase.
É fato que jamais ficaremos onde estávamos antes e podemos nos surpreender com o que descobriremos e até onde é possível chegarmos!
Lembrando ainda o filme: Comer, Rezar e Amar, o Xamã Ketut que Liz conhece em Bali, com toda sua simplicidade e sabedoria, enfatiza que a vida é assim: buscamos o equilíbrio e, quando o alcançamos, por vezes, perdê-lo por amor faz parte do próprio equilíbrio.
Acrescento que o equilíbrio não é estático, está em constante movimento, assim como a vida, as perguntas e respostas.
Bem como nem tudo o que viveremos, perderemos o equilíbrio “por” amor, mas podemos perdê-lo “com” amor.
E sim, podemos escolher em que queremos colocar nossa energia.