Você já parou para pensar na importância do autoconhecimento para sua vida?
Qual o poder que o autoconhecimento exerce?
Todos nós temos potencial criativo e destrutivo, antagônicos, mas presentes tal como a luz e a sombra que apesar de opostos são complementares entre si.
Porém o potencial que utilizaremos dependerá ao que daremos maior ênfase e consequentemente evidenciaremos.
A felicidade ou o infortúnio estão em parte atrelados às nossas escolhas.
Precisamos aprender que a escolha do que almejamos expressar depende única e exclusivamente de nós, jamais dos que estão à nossa volta.
Quando delegamos nossa felicidade e até mesmo nossa vida aos outros, estamos criando expectativas, na maioria das vezes inconscientemente.
De certo modo estamos transferindo a outros a responsabilidade que é nossa!
Por inúmeras vezes este tipo de situação gera cobranças, uma vez que o outro não corresponde da maneira que desejamos, queremos e que acreditamos merecer.
Contudo, chamo a atenção para as seguintes questões:
Como posso me achar no direito de cobrar do outro algo que não deveria ser responsabilidade dele?
Será que sei quais são as expectativas que depositei no outro?
O tempo todo estamos criando expectativas em relação ao outro.
Quando fazemos isto o foco sai de si mesmo e se transfere para o outro.
É muito comum observarmos isto em relacionamentos afetivos entre casais, expressas em frases como:
“eu fiz tudo para ele(a) e não recebi o devido valor… olha o que recebi depois de tudo que eu fiz… eu não merecia passar por isto…”
Também observamos nas relações entre pais e filhos: na maioria dos casos os pais criam um filho idealizado que não corresponde ao filho real.
Quando desconhecemos nossos potenciais e limites, ficamos mais expostos às expectativas e de certa forma também nos expomos às frustrações.
Quanto mais energia depositamos nas expectativas e na esperança do que o outro deveria fazer por nós, maior será a frustração que nunca vem sozinha, geralmente vem acompanhada de tristeza, decepção, dor, sofrimento e mágoas.
Fica então a grande questão: o que fazer para evitar cair nestas armadilhas?
O melhor antidoto ainda é o autoconhecimento!
É através dele que temos clareza de quais são nossas necessidades, nossas qualidades, o que nos gera ansiedade, conseguimos reconhecer aquilo que nos afeta de diferentes modos, aprendemos a olhar para dentro de nós e a nos perceber.
A busca pelo autoconhecimento é um caminho longo e, às vezes, pode ser árduo.
Pois, a tendência humana é querer olhar apenas para aquilo que imagina que tenha de positivo e nessa busca os grandes passos referem-se ao reconhecimento daqueles aspectos que não gostamos de mostrar nem para nós mesmos.
É neste momento que um profissional qualificado pode ajudar a tornar o processo de autoconhecimento mais rápido e suave.
Marcela de Freitas Merli
marcela@psicosomar.com.br