Não desista do Seu Sonho

Não Desista do Seu Sonho

Para começar nossa conversa hoje, faço a seguinte pergunta:

Você já perdeu arquivos importantes no computador ou no celular?

(   ) Sim

(   ) Não…

Se a sua resposta foi não, ótimo! Mas este texto também é para você.

Se a resposta foi sim, muito provavelmente saiba o quão isto mexe com a gente.

 

É fato que, atualmente, boa parte da nossa vida esteja atrelada  a recursos tecnológicos.

Temos acesso a eles na palma da nossa mão. E tudo interligado, por meio da internet.

Isto facilita e muito a nossa vida!

Não precisamos mais sair carregados com trocentas mil coisas para acessar o que precisamos.

Basta um celular conectado a internet e um aplicativo no qual salvamos os arquivos… ta daaa: a mágica acontece!!!!

Porém, pela comodidade e confiabilidade que depositamos na tecnologia, esquecemos que ela também falha. Um único vírus é o suficiente para por tudo a perder.

Assim como um vírus causa danos no nosso organismo, necessitando que o corpo reúna todas as células do sistema imunológico para combatê-lo e, por vezes precisamos consultar o médico e fazer uso de medicamentos, o mesmo acontece com nossos aparelhos.

Pois bem, tinha tudo para a mágica acontecer, mas não aconteceu…

Por que?

Porque a nuvem não estava sincronizando os arquivos, muito provavelmente estava sobrecarregada.

Vamos aos fatos:

Em dezembro, lancei meu primeiro workshop sobre calatonia.

Para quem não conhece, calatonia é uma técnica corporal – um toque sutil, que traz inúmeros benefícios para o bem estar fisiopsíquico.

Deixo aqui o link de um texto, caso queira saber mais.

Calatonia – Toque Sutil

Quando fiz o lançamento, já estava com 90% do conteúdo pronto, pois gosto de me planejar.

Saí de férias e no final dela, conclui o conteúdo, revisei, arrumei os slides, a apostila.

Faltavam 15 dias para o curso.

Naquele dia ficou tarde, salvei tudo e fui dormir feliz, pois no dia seguinte começaria imprimir as apostilas e animar os slides.

Tudo estaria pronto na santa paz e do jeito que eu gosto.

Alguém pode pensar: mas nem tudo são flores, a chance de acontecer algo errado é grande.

Costumo dizer que as flores também tem espinhos e nem por isso são menos belas.

Eis que no dia seguinte quando ligo meu note, ele funcionava por 10 segundos e travava geral… não conseguia fazer mais nada.

O pouco que conhecia de informática usei e nada funcionou.

Sem sofrimento, levei para a assistência técnica confiante de que lá o problema seria resolvido e eu estaria com meus arquivos salvos, prontos para serem usados.

Lidar com a espera

Geralmente quando temos algo importante rolando, o período da espera pode ser torturante ou não.

Tudo depende de alguns fatores, como por exemplo, nível de estresse, ansiedade,  cobrança , culpa e por ai vai.

Nessa hora é importante cuidarmos dos nossos pensamentos e emoções.

E sem contar como é importante o autoconhecimento!

Sim, temos escolhas para fazer enquanto aguardamos.

Pensamentos e emoções negativas tentaram invadir meu ser?

Com certeza, mas é aí que entra o autoconhecimento aliado a escolha:

Como um observador de mim, tomei consciência deles, pois quanto mais tentamos nega-los, mais força eles ganham.

Consciente de que o estrago podia ser grande, pois não era a primeira vez que eu vivia este tipo de situação, tinha chances de se repetir.

O que mudaria tudo é como eu queria lidar com esta situação.

Então veio a escolha: sabia que não seria como das outras vezes em que fiquei chateada e chorando sobre o leite derramado.

Talvez não tivesse total clareza e realmente acredito que não tinha, mas não ficar presa na falta e permitir viver o presente eram parte do processo da espera e da tomada de consciência.

Outro fator considerável era me abrir e manter uma atitude interna para mudar as escolhas conforme a situação se desenrolava.

Isto de forma alguma é vergonhoso!

Saber que podemos mudar o que pensamos alivia muito o sofrimento e tudo que vem junto com ele.

O que fiz neste tempo de espera?

Vivi!

Fiz o que tinha para ser feito a cada dia.

E dentro disto, estava incluso fazer contato com o técnico para saber como andava o trabalho.

É sábado minha gente!!!

Dia lindo de muito sol.

Eu já de volta ao trabalho, atendendo meus clientes, fazendo o que amo…

… e entre um cliente e outro, olhei meu celular e tinha uma mensagem do técnico, dizendo que ainda estava trabalhando no note e todos os seus esforços até o momento tinham sido em vão.

Nada funcionou: toda vez e de todas as formas que ele tentou fazer o back up da máquina para formatar, travava.

Ele gentilmente, disse que continuaria tentando, mas sugeria que eu reescrevesse meu curso.

A notícia caiu feito um balde d´água sobre mim.

Respirei fundo e continuei meu trabalho. Aquela não era hora para eu pensar nisso.

Fuga? Negação?

Hoje posso afirmar que não.

Já há algum tempo me propus a viver o momento presente – a estar inteira de corpo e alma naquilo que estiver fazendo, mesmo que isso seja lavar louça.

Terminei meus atendimentos e tive pouco tempo para decidir o que eu faria.

Tinha algumas opções:

• Cancelar o workshop, faltando apenas uma semana;
• Remarcar;
• Ou manter a data e refazer o conteúdo.

Espinhei o dedo no caule da flor

Enquanto saía do consultório e voltava para casa, fui tomada por um turbilhão de pensamentos e sentimentos. Tudo junto e misturado.

Naquele momento não havia distinção entre emoção e pensamento. Era tudo a mesma coisa.

Por um momento eu era este turbilhão – estava identificada com o que sentia.

E novamente vivi o que tinha para aquele instante.

Abre parênteses: Quando pensamos em viver o presente, é fazer isto independente do que seja e de atribuir qualidades como bom ou ruim. Fecha parênteses.

Foi tudo muito rápido e intenso!

Passada a situação e com meu ser reorganizado, justamente por ter vivenciado cada etapa, vou contar às fases que passei até decidir o que faria.

Mulher de Fases

Primeiro:

Desabei! Cheguei em casa e chorei.

Não foi um choro de vitimização, do tipo ‘pobrezinha de mim, me esforcei tanto e perdi tudo… como a vida é injusta’.

Precisava liberar toda carga energética que estava contida no meu corpo pelas emoções.

#ficaadica: chorar ajuda a liberar o que a fala não dá conta, além da sensação de alivio que traz.

Segundo:

Falei com uma amiga que estava acompanhando minha experiência.

Ela foi solidária com a minha dor, além de me incentivar e ainda se propôs a me ajudar dentro do possível.

(((Gratidão amiga @crescerie)))

#ficaadica: não precisamos resolver tudo sozinhos.

Compartilhar com alguém a situação não significa que o outro vai resolver pra gente, mas sentir-se acolhida e apoiada em determinados momentos ajuda a recobrarmos as forças e voltar para o eixo.

E eu precisava muito voltar para o eixo rapidamente.

Terceiro:

Com os pensamentos e sentimentos mais leves, ponderei como me sentiria a curto, médio e longo prazo de acordo com as possibilidades citadas acima.

Minha avaliação não foi pautada na integração entre razão e emoção.

Parti do questionamento e se:

• … eu  desistisse do meu sonho e cancelasse o evento, como me sentiria? Esta seria a melhor solução?
• Resp: me sentiria péssima, ficaria por um tempo me perguntando como teria sido se tivesse acontecido e o sofrimento que estas perguntas sem respostas me trariam. Era a solução mais cômoda.
• … eu remarcasse, quanto mais estenderia o turbilhão de coisas que senti? E a probabilidade de deixar morrer na praia?
• Resp: era provável que numa intensidade menor eu sentisse novamente e isto me fizesse desanimar e ainda criar a falsa crença de que era um sinal para eu não fazer. Isto sem contar a rotina diária que também se tornaria um empecilho para eu manter o nível de energia alto e por pra rodar o workshop.
• Em ambas questões, também levei em consideração como os participantes se sentiriam com a notícia, pois desde o início da semana, eles já estavam dizendo de que não viam a hora deste dia chegar.
• … eu mantivesse, como iria refazer o conteúdo que levei meses para escrever em tão pouco tempo?
• Resp: o primeiro pensamento foi, desapega do que foi feito e começa tudo de novo com um novo olhar.

A Hora D

Com tudo mais claro era hora de agir!

Decidi fazer tudo novo de novo.

E mais escolhas precisavam ser feitas para viabilizar a confecção do novo material.

As fiz, com a consciência e o coração tranquilo, mudei em partes a programação do final de semana e tudo deu certo.

Mantive dois compromissos que eram importantes e bora escrever.

Almocei rapidamente e tomei um banho para auxiliar na mudança de energia.

#dica: O banho é sempre um recurso que me ajuda quando preciso fazer uma troca energética rápida.

Voltei para o consultório, pois meu old (velho) note estava lá e foi nele que trabalhei!

Mas, antes de sentar e começar a escrever, rolou a incerteza e insegurança – será que vou conseguir me concentrar para escrever e deixar fluir?

Logo veio a resposta: senta e medita mesmo que seja apenas 5 ou 10 minutos.

E foi exatamente isto que fiz.

Sentei, meditei e me conectei com meu eu superior, universo, Deus… enfim o nome aqui é o que menos importa.

O que importa são os efeitos da meditação.

Mente Sã, Corpo são

Toda esta preparação foi extremamente importante para que eu conseguisse organizar todo o conhecimento que possuo para transforma-lo em um workshop.

Com a mente sã, o corpo são, era deixar fluir a escrita.

E realmente fluiu.

Em alguns momentos parecia como se alguém soprasse no meu ouvido, tamanho silêncio interno que meu ser se encontrava.

Para alguns, um estado meditativo, para outros o flow… mas no fundo tudo uma coisa só.

Foi então que me dei conta de que sabia muito mais do assunto do que eu tinha conseguido perceber até então.

E, realmente não fazia o menor sentido eu desistir do meu sonho, ou seja, compartilhar meu conhecimento através  do workshop na data programada.

Foram dois dias escrevendo e revisando todo o conteúdo, mas ele nasceu!

Ou melhor, renasceu mais belo, mais leve e ao mesmo tempo com muita informação! Muitas trocas e muitos toques!

Preparativos Finais

Durante a semana, acertei alguns detalhes, imprimi as apostilas, encadernei.

rsrs tive um comportamento um tanto neurótico: salvei o que tinha feito em diversos lugares diferentes para não correr o risco de perder tudo novamente.

E minha querida amiga, deu um talento nos slides.

À medida que tudo ia tomando mais forma – se concretizando, mais feliz eu ficava com a decisão que tomei: não desistir do meu sonho!

Não desistir do meu sonho também significava não desistir de fazer algo que me traz felicidade:

Ensinar, compartilhar o conhecimento e trocar com as pessoas.

A cada passo ele estava mais perto de se tornar realidade.

E que Realidade!!!

Finalmente Chegou O Grande Dia!

É sábado novamente!!! Mas não é qualquer sábado! É o primeiro dia do workshop!!!

Estava num misto de felicidade, expectativa e muita paz. Afinal, estava acontecendo!

Cheguei mais cedo, meditei, arrumei a sala e aguardei meus queridos participantes.

Uma nota sobre os participantes:

Eles foram muito receptivos e estavam abertos para aprender.

Foi muito gostoso trabalhar com eles. Estreia melhor, impossível!

A fala deles somada a minha impressão: parecia que todos se conheciam há muito tempo.

A energia que rolou foi muito forte, intensa e ao mesmo tempo muito sútil, assim como a própria calatonia!

No final do primeiro dia, eu só tinha uma pulsação no meu ser: ainda bem que eu fiz esta escolha.

O resultado não podia ser mais positivo.

O segundo e último dia, não podia ser diferente! Tão especial e mágico como o anterior!

Criamos uma esfera colaborativa e generosa.

Faz tão pouco tempo que aconteceu, mas parece que já se passou muito.

E muitos aprendizados aconteceram em todos os níveis!

Minhas lições no caminho do amor

Neste processo todo, dei mais alguns passos na direção do meu autoconhecimento.

Descobri que mesmo não gostando de fazer as coisas na última hora, tenho capacidade para fazer se for preciso.

E, fazer sem ter um gasto energético exagerado.

Lembro que em um dado momento, durante a tomada de decisão, pensei:

‘Se eu trabalhasse numa empresa e isto tivesse acontecido, eu querendo ou não precisaria refazer tudo, pois seria cobrada pelo trabalho.

Então por que não posso fazer por mim e pra mim?’

A energia estava lá dentro o tempo todo, mas precisava da minha permissão para vir à tona e colocar a mão na massa.

Também pude avaliar que todas as terapias e cuidados que dediquei a mim valeram a pena.

A forma como tudo aconteceu e, principalmente como reagi é fruto deste auto investimento.

O saldo de tudo foi muito positivo, mesmo tendo situações adversas pelo caminho.

Um insight fenomenal foi:

Observar que o maior obstáculo, não foi a perda do material.

Mas se não tivesse me permitido experimentar todas as fases desde a sua confirmação até a concretização do workshop, o verdadeiro obstáculo teria sido eu mesma, com as minhas inseguranças, crenças e medos.

E, não houve felicidade maior quando percebi que não me identifiquei com nenhum destes sentimentos e não me tornei o meu maior obstáculo, mas o transformei em desafio e realizei meu sonho junto com pessoas queridas que acreditaram e sonharam junto comigo.

OBS.: impossível transpor em palavras tudo que senti! Mas deixo aqui meu sincero agradecimento há muitas pessoas que mesmo sem saber contribuíram para que este primeiro Workshop: Calatonia – autoconhecimento através do toque pudesse se realizar.