Emoções e sentimentos reprimidos geralmente são a principal causa de adoecimentos.
É comum as pessoas desejarem descobrir a causa da doença.
Qual situação específica ou que emoção foi escondida?
Porém, com a experiência clínica, observo que não há uma causa específica, mas a soma de diversas situações mal resolvidas consigo.
Como Somos Afetados pelos Nossos Sentimentos?
Constantemente somos afetados pelos atos dos outros, tanto pode ser por algo positivo ou negativo.
Contudo, quando a afetação é positiva, na maioria das vezes apenas a absorvemos e não refletimos sobre isto, sentimo-nos felizes e este sentimento já é suficiente.
Mas, quando ocorre o oposto, geralmente a situação fica martelando em nossa mente e angustiando o coração.
Este evento pode perdurar por dias, meses e até anos.
Nestes casos, surgem tipos de questionamento que apenas reforçam a sensação ruim e não possibilita nem a nossa aprendizagem e muito menos a nossa evolução e solução do problema.
Eis os questionamentos mais comuns:
- “O que fiz para merecer isto?” ;
- “Porque fulano é tão mal comigo, se sou tão bom para ele?”;
- “Porque a vida é tão injusta comigo?” … e por ai vai o mar de lamentações.
Psicologicamente falando, isto acontece simplesmente porque o que ouvimos encontra ressonância em nossa alma.
O outro não é responsável pelos nossos sentimentos e emoções, mas nós somos!
Você pode me perguntar: mas como sou responsável por algo que me faz mal?
Ou, porque vou querer me sentir mal?
A resposta assertiva não contempla nenhuma das duas questões, mas levanta uma outra, que é pertinente para sairmos de um circulo vicioso:
O que preciso resolver, enxergar em mim mesmo para que situações semelhantes a esta não sejam capazes de gerar dores, angustias e outras emoções negativas?
Aquilo que aparentemente é ruim, carrega em sua essência a valiosa dica daquilo que precisamos elaborar e transformar em nós.
Tomar consciência pode alterar nosso campo vibracional e, desta forma, romper a frequência energética que proporcionava a ressonância.
E como elaborar e transformar a dor, a angustia e o sofrimento em aprendizado e autoconhecimento?
O primeiro passo é aceitar que algo não vai bem e precisa mudar.
Compreender que a mudança nem sempre é fácil, pois neste processo iremos nos defrontar com a nossa sombra, que a priore pode parecer mais assustadora do que realmente é.
Mas como na vida tudo tem o seu lado oposto, expressando a dualidade inerente ao ser humano, também nos encontraremos com a nossa luz, que se turva quando renegamos a sombra.
Queremos nos proteger contra algo, mas simultaneamente nos privamos daquilo que nos faz bem.
Falar sobre nossos sentimentos e emoções é um meio de expressá-los. Mas será que isto é o suficiente para modificarmo-nos?
A palavra é um poderoso remédio para a alma, mas acredito que apenas falar não basta!
É preciso abrir-se para a mudança, aprender a ouvir sem vitimizar-se, a sair do chavão “de quem é o culpado” e do julgamento.
Neste processo a psicoterapia disponibiliza recursos para auxiliar a pessoa no encontro consigo mesma.
A descobrir que as respostas que procura fora, estão todas dentro, as vezes sufocadas e sufocando a alma, gerando dissabores.
Aprender a compartilhar e libertar a sombra para que a luz volte a brilhar intensamente!
Gostei muito deste texto …..