Naquele momento, da aula de pilates, minha atenção se voltou para os gestos e atitudes da minha filha brincando com a bola.
Percebi que tal pensamento que ecoou em meu ser era de grande valia para compreender as crianças.
Para quem tem ou já teve a oportunidade de praticar o pilates, provavelmente já ouviu algo do tipo:
“a bola te retorna conforme o que você dá para ela”.
Realmente se nossa postura, posicionamento na bola é brusco, a tendência é recebermos de volta tal e qual.
Isto é uma lei da física: para toda ação, há sempre uma reação oposta e de igual intensidade.
Porém, se somos mais sutis e delicados, a bola responderá igualmente e ainda nos acolhe com receptividade.
Para quem tem a possibilidade de acompanhar de perto o crescimento e o desenvolvimento de uma criança, talvez consiga perceber o que estou dizendo.
Por mais que muitos não tenham consciência disto, a criança é o reflexo de seu ambiente.
Num primeiro momento, a criança é o reflexo do ambiente familiar, que se desdobrará nos outros ambientes pelos quais ela transitará.
O lar é o local que primordialmente a insere na sociedade, que a coloca em contato com outras pessoas.
É onde a criança irá aprender a se relacionar.
Inicialmente, o modo como à criança irá se relacionar no e com o mundo está diretamente ligado à imitação de seus pais. Ela ainda não tem discernimento para agir diferente.
Conforme vai crescendo, além da imitação a criança começa a desenvolver suas próprias características e sua personalidade, com base no vinculo estabelecido com os pais.
Por exemplo, se pensarmos numa família superprotetora que vê e mostra perigo em tudo para a criança, a tendência é de que a mesma acredite que o mundo é um lugar inseguro e mal.
Por outro lado, se a família permite que a criança explore as situações cotidianas com equilíbrio e bom senso, esta se sentirá mais segura e independente nos outros ambientes.
Contudo, toda família tem sua própria dinâmica, ou seja, tem suas próprias características e a criança tende a seguir o mesmo padrão de funcionamento, pois é inerente ao desenvolvimento humano o sentimento de pertencimento ao grupo.
Portanto, se desejamos que nossos pequenos tenham respostas diferentes, isto é, mudem seu comportamento, precisamos também alterar os estímulos que estamos oferecendo para esta criança.
A transformação precisa ocorrer simultaneamente entre pais e filhos.
Educação é uma arte, educar uma criança então, uma verdadeira obra-prima!
Há mais de 100 anos os psicólogos vêm estudando o desenvolvimento humano, sendo um excelente parceiro para indicar como agir em cada fase de desenvolvimento da criança.
Lembrem-se de que o melhor exemplo é a atitude!
Podemos dizer uma coisa e nosso corpo expressar outra completamente diferente, contudo nosso cérebro irá apreender a linguagem corporal.
Portanto, quem acredita e usa aquele velho ditado popular: “faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço”, talvez esteja na hora de repensar o seu conceito de vida e de educação.
A ciência não é exata, está sempre evoluindo, mas vale a pena pedir consultar um profissional para se informar sobre o desenvolvimento infantil e as mudanças que ocorrem à medida que a criança vai crescendo para educa-la da melhor forma.
Marcela ! Minha Querida Amiga! Sensacional sua colocação neste texto “As crianças são como bolas de Ginástica”. Parabéns! que o seu Ser sensivel e sutil possa estar sempre se manifestando através das palavras. E assim vc possa ajudar a todos que cruzam seu caminho em busca de luz e orientação.
Muito grata Lu pelo carinho e incentivo!
Beijos
Sou muito grato por me enviar este texto de grande valia, pois tenho muito a aprender com ele. Tenha certeza que passarei a diante.
Abs sempre!